segunda-feira, 27 de junho de 2011

Você quer casar comigo?

Escondido.
Ninguém vai saber, só a gente.
Ah, que lindo. Que tolo. Apaixonante!

Eu disse sim. Aceitei com todas as forças verdadeiras que tinha e com o mundo inteiro conspirando a nosso favor.

Agarrei-me nisso e vivi.
Com toda a intensidade que se pode viver.
Vivi do verbo viver. Eu V-I-V-I

E para morrer, bastaram apenas algumas palavras:
“Ah, casados. Olha isso. Fiz sem pensar mais uma vez.”
Tem palavras que a gente nunca esquece.

Morri do verbo morrer. Eu M-O-R-R-I
E acho que estou até hoje. Pelo menos uma parte de mim, sei que está.

Grande inocência de minha parte. Grande.

“Você quer casar comigo?”
“Você quer churros?”

Lindo.
Escondido.
Jovens...
Loucos... um pelo outro.
Marido e mulher.
Mesmo só tendo 15 anos...

Coisa de família.
“Você quer casar com o meu irmão?”
“A gente já está.” (em silêncio)

Sabe, morar junto, filhos e contas para pagar, isso era só depois...
Depois do nosso casamento na praia.

Sonhávamos tanto. Sonhávamos deitados de olhos abertos e sorrindo.

Ninguém além do padre, eu você e o pôr-do-sol.
“Até que a morte vos sepa...”
Não. Não!
Nem a morte vai nos separar.

Eu acreditava tanto, eu acreditava de verdade...

Quero lhe dizer que sinto muito.
Sinto por não acreditar mais...
Sinto pelo erro...
Sinto por toda felicidade indo embora...
Sinto por tudo...
Sinto muito!

Meu travesseiro sabe bem. Meu quarto. Livros... algum refúgio.
Refúgio. Fujo!

Correndo para o mar, para ver o pôr-do-sol.
Cadê?
Dói até de ver ele agora... sozinha.
Aonde esta você?

De olhos fechados eu posso ver...
Em todo canto, ali está, ali passamos.

De olhos fechados vejo o seu sorriso... riso.
E se escondo debaixo do cobertor com medo da chuva, a proteção.

Aprendi que para sempre existe.
E que só o amor é.
Nada mais.

Depois que a dor passar ou amenizar, vou ficar bem...
Bem o suficiente por saber que ele esta do meu lado em forma de anjo... o tempo todo. Para me sentar e dizer como foi o meu dia... contar sobre o quanto estou estudando para que tenha orgulho de mim... também sussurrar no ouvido ou ler o que esta na parede: “Dorme bem, minha vida.” E dormir bem.

 Lembranças... é o que me resta.
Que estão: PSNMP.

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