sábado, 15 de dezembro de 2012

Você é meu elevador

A maior parte do tempo é para cima
Mas às vezes volta
Volta para buscar meu eu
O seu eu
E descobrir um pouco mais de nós
Só então
Subimos mais

Em movimento
Somos mais
Capazes de mover o vento
Em favorável direção
Para que ele nos leve
Como você me leva
Leve como uma pena
Parecendo ser fácil
O movimento do vento

E nessa travessia
Vai
E
Vem
Vem
E
Vai
Dentro de mim
Atravessa-me
Como que para encher a travessa do meu eu
E não só
Mas também
Bagunça-me
Eleva-me

Eleva a dor
E leva a dor
Para longe de mim.


















Sirius

domingo, 30 de setembro de 2012

Querido domingo


Você vem ou eu vou?
Quase sempre você vinha
Quase sempre
(sorvete, bicicleta, pôr-do-sol)

Sempre o amei
Querido domingo,
Mas agora eu vejo
O quão doloroso você pode ser

Doce e amargo
Amado e odiado

E agora,
No final da tarde
O que resta é só solidão

Ah domingo você é tão poético
A sua beleza é tanta
Que me agoniza
O coração

Eu espero a semana inteira
Só para te encontrar

Querido domingo,

Gosto dessa nossa intimidade
Eu e você
Sozinhos
Todo domingo...



domingo, 23 de setembro de 2012

Dentro de mim


Está frio
Aqui,
Dentro de mim
Senti a brisa de
Agonia e dor
Chove lá fora
Chuva ácida que é
Corrói
E vai dançando por mim
Brincando
Ás vezes até ri, sorri
Pode rir e pode ir
Mas a sua fonte vai secar
E quando secar
Eu... É que vou
Dançar.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Casei-me com a ilusão


Deus... não quero questionar
Mas... Por quê? Me diz... Por quê?
Que eu só quero tentar entender

Nunca passei por isso
Por tanto sentimento
Sentimento acumulado, sentimento recente
Qualquer tipo de sentimento
Estou sentindo todos neste exato momento

Deus (se eu posso pedir sua ajuda) ajude-me!
Grite ao meu anjo da guarda e
Peça para ele acalmar meu coração
Para ser sincera, estou sem reação

(você aí)

Ah... você!
Quem é você? Quem é você?
Pessoa desconhecida

Doei meu sangue para ti
(desconhecido)
Que perigo

Só vem quando quer, quando precisa
Agora vou te dizer,
Quem não precisa mais de você

(eu)

Pela primeira vez e depois de tanto tempo
Eu dei conta
Que no final das contas
Não te conheço
(e agora, nem quero conhecer)

Casei-me com a ilusão

Sua máscara?
Caiu

Assim como caí na realidade
E estou me perguntando
Se preferia ainda estar imaginando
(não)

Sua vida é um palco de teatro
Faça a sua cena
Crie seus personagens
A minha parte acabou
Retiro-me desta cena
(deste palco)

Casei-me com a ilusão

Pena que você não percebeu
Pode vir
Acabou
Não vou mais assistir

Pode tirar sua máscara meu bem
Veja bem,
A cortina fechou.



terça-feira, 31 de julho de 2012

De outro planeta

Esses dias eu estava olhando minha vida passar pela janela do meu quarto,
Eu gostei de vê-la.  Apreciei os momentos bem. Soube aproveitar, até aqui.
Aqui onde dizem para mim: “Sua vida nem começou ainda!”
Não os culpo. Afinal, eles não sabem de mim.

Estou em outro planeta e um ser estranho veio ao meu encontro e sentou ao meu lado,
Fiquei parada, mas não com medo. Apesar de que, do planeta que eu vim, tenho medo de tudo. T-u-d-o.
Ele disse que me conhecia, que eu era a menininha. Começou a falar ao me respeito, e era verdade. Ele me conhecia bem.

Fomos juntos para a lua. Sentamos na beiradinha dela, eu fiquei balançando os pesinhos em um vai e vem constante, com a mão apoiada em meu rosto. Olhando as estrelas absurdamente incríveis e lindas.

O ser com suas anteninhas piscando ao meu lado disse: “Você conhece aqui. Sei que já vieram várias vezes aqui, não desse modo. Mas vieram.” E eu o compreendi, fiz um sinal positivo com a cabeça. Não queria falar nada.

“A sua dor, é daqui também – E é aqui que ela ficará quando voltar ao seu planeta.”

(Não! Eu sei que ela vai me acompanhar, pensei quase instantaneamente)

“Não fique assim minha menininha”

Sorri um sorriso triste. Posso ficar aqui para sempre?
“Não” – Ele sabe até dos meus pensamentos.

Eu não entendo. – as palavras saíram quase como um sussurro.

“Você não tem que entender, não tem que ficar tentando entender menininha!”

Eu não tenho que entender? Não era para as coisas serem assim. Mas aconteceram, e com nós. E de quem é a culpa? Minha? Eu queria poder voltar no tempo e ficar olhando o que aconteceu de olhos bem abertos! Eu quero mil explicações e das poucas que recebo nenhuma me parece lógica, e todo dia eu me pergunto: POR QUÊ? –

Explodi.

De repente estava girando, girando, girando e quando ia vomitar, cai.
Estava em casa, na sala. Pensei: voltei. Logo gritei para a minha mãe, mas não houve respostas. Comecei a ouvir um barulho, e esse barulho estava aumentando cada vez mais. Eram conversas, risadas, choros, tudo ao mesmo tempo! Comecei a correr loucamente e quando cheguei ao meu quarto, vi o que estava acontecendo.

O ser verde com anteninhas piscando estava sentado na minha cama, e o barulho aumentando. Gritei com as mãos tampando os ouvidos: QUE BARULHO É ESSE? PARA COM ISSO!!!

“Ouça menininha. Pegue as fotos. Veja sua vida.”

Então, parei e reparei. Todas as imagens contidas em todas as fotos do meu quarto estavam em movimento. Acontecendo o exato momento em que foram fotografadas. Além dos movimentos, é claro, as vozes.

Tentei pegar uma por uma, mas parecia que algo estava entrando no meu peito e me causando uma dor inimaginável, que mesmo sendo psicológica, conseguiu se tornar física.

Fechando meus olhos, comecei a chorar loucamente e senti meu corpo diminuir. De repente, quando voltei a abri-los, estava de volta na lua.

“Vou tornar a fazer isto quando souber que estaria pronta para sorrir se acontecesse de novo.”

Chorava agarrando as minhas pernas.

“Você não esta sozinha, eu vou te proteger menininha.” – as anteninhas sempre piscando.

Será que o problema da minha vida é o amor? O qual sempre louvei?

“O amor não é perfeito, mas de forma alguma é um problema. Nunca será”

Eu tenho mil perguntas. Eu estou perdida! O que eu faço agora? O que eu tenho que fazer? O que é o certo a fazer? Estou com tanto medo, e sozinha, desprotegida. Eu estou perdida, ME AJUDA, ME AJUDA!  Eu não tenho ninguém para me ajudar, eu não sou mais ninguém!!! Me ajuda! – Não percebi, mas estava gritando de olhos fechados com as mãos no cabelo. Parecendo uma louca, mas estava mesmo.

Então, abri os olhos devagar desejando que a faca fosse retirada do meu peito. Mas isso não aconteceu, como também não houve respostas. Ao olhar para o lado, o menininho, o ser, o espírito, não sei o que era, mas era do bem, já não estava mais ali.

Sumiu.

Sem deixar vestígios.

Ficara eu, a lua e toda a escuridão imensa demonstrando tamanha solidão. Mas no meio da solidão tinha pontinhos brilhantes... lindos.

Não conseguia pensar em mais nada ao não na dor absurda que sentia e de como estava perdida.

Estava afastada de tudo e todos, em outro planeta, e isso era em parte bom. Não sabia o que fazer.

A dor era a falta. O sangue escorrendo era a falta, (a sua falta). A ausência é a pior das dores.

Enquanto minha cabeça explodia repetindo incansavelmente a frase: ‘absurdos, absurdos...eu te amo absurdos..” O meu vestido rosa começara a ficar vermelho.

Meu coração sussurrou como se quisesse gritar: “Meu Deus, meu Deus... Essa dor é de outro planeta!”

Frágil como uma pena...

Desmaiei.






quarta-feira, 18 de julho de 2012

Lágrima ácida

Ocorreu.
Então correu.

Lentamente... Ela correu
Com o mundo se acabando e ela
Nem ligando... Para mundo, para mim, para nada!

Perdida em sua acidez
Ela parou
Estacionou

Mas não estava me queimando,
Eu já tinha sido queimada antes,
Como se fosse pedra de gelo
Fui corroendo

Sou o que resta de mim,
Mesmo sem saber o que restou

Voltei na varanda
Que agora, esta vazia
Respirei fundo
Então senti o seu cheiro
Fechei os meus olhos

Respirei minha pele
Também contendo você
Como sempre

Ela ainda estava parada

E no final do dia
Eu ouvi: “Coraçãozinho partiu?”

Ela desceu, continuando seu percurso
Levando-me junto.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Casulo


Como a minha própria pasta de arquivos
Do meu computador diz:
“Para libertar a minha própria vida”

Atravessar a rua sozinha
Comprar sorvete sozinha
Vestir minha roupa sozinha

Cuidar de mim!!
Viver por mim!!

(um tanto quanto assustador, não?)

Abrir meu casulinho e bater asas...
Ba- ter asas...
Ba-ter asas...
Vo-ar...

Sempre tive seu rosto para olhar quando
Virasse-me de costas
De frente
Dos lados
Ao meu redor

Meu casulo me protegia! Esquentava-me,
Cuidava de mim!

Eu quero meu casulo de volta, volta casulo, volta...
Casulo não volta...
Casulo não pode voltar...
(não é o certo)

“Eu entendo...”
(quem sabe daqui um minuto, um mês, ou mil anos)


Mas a questão é: Só saímos dele, quando chegar à hora certa
Quando tivermos feito o que deveria ser feito
Quando a transformação estiver completa!

Talvez essa hora,
Tenha chegado

E por mais que eu tente evitar
Não querendo mudar

Tento entender que talvez minha missão ali esteja completa
Não a mais o que ser feito

Minha missão agora é sair do casulo
E,
Sorrir sozinha

Fazer acontecer
A minha metamorfose.

(mesmo que seja ambulante)

Mas de uma coisa eu sei:
O meu casulo, era o meu rumo.



sábado, 23 de junho de 2012

Meu menininho

Não conheço menininho mais forte que o meu
Menininho mais frágil que o meu

Como um guerreiro meu menininho luta
Grita, corre, come, vai á guerra
Pula, canta, voa, bate asas!

Um dia suas asas se machucaram
E mesmo assim ele continua
Na luta
Tão bom espírito
Tão bem preparado
A vida lhe ensinou bem

Talvez seja mais um teste
Só um pouco mais forte de quando estava no colégio

Ele possui olhos de bondade
Um coração tão grande
Tão grande tão grande tão grande
Que às vezes meu menininho brinca de se esconder
Atrás dele
E ninguém consegue achar...

Procura, procura, procura por vestígios
Mas, nada.
De onde ele saiu?
Como ele veio parar aqui?
Ninguém desvenda o mistério

Eu não aceito o seu sofrimento
Aceito uma visita no meu aniversário
Sorria!
E será meu melhor presente

Sem justificativas
Nosso fim é igual nosso começo
Com a fragilidade à flor da pele...


sábado, 9 de junho de 2012

Domesticação mental

  Não ouse pensar diferente, não ouse pensar. É sempre um risco ter conhecimento, ser um artista, apesar de que na verdade, todos somos.  Incompletos e escondidos artistas, pois a massa da sociedade corrompe a capacidade de crescer e a incrível capacidade de criatividade do ser humano.
  Nascemos pensantes e logo somos cortados.  Alienados. Ao longo da vida, a sociedade transforma o ser humano em um robô com cérebro mecanizado seguindo os passos de cada um, passo a passo, sem poder errar, sem poder dançar.
  Com o passar do tempo é preciso nascer de novo. É preciso abrir os olhos e enxergar á sua volta, pois quem precisa comandar a sua vida é você mesmo. Tome frente, não seja mais um alienado. É sempre cômodo deixar tudo como esta, deixar ir, se levar... Mas, mudar é preciso.
  As mentes estão presas pela sociedade, mas ninguém poderá domesticar sua mente se ela já estiver domesticada por você, pelos seus ideais, sua moral e pensamentos, algo que ninguém lhe roubará.
  Afinal, será você o circulo em meio a milhões de quadrados?

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O que seria de mim sem ela

Nada, eu sei.
Absolutamente nada seria
E nada serei

Sem ela meu bem
A vida fica vazia
Vaga
Inútil, eu diria

Com ela nada se compara
Entra na alma
Invade o corpo
Faz dançar a mente
E depois ri
Porque afinal
Nunca existirá o seu final

(e nem poderia, pois sem ela, eu nada seria!)

É a tradução da vida
A vida em si
Equilíbrio
Ponto de paz

Perco-me
Mas não a perco!




quinta-feira, 17 de maio de 2012

Vem, vamos embora!


 Quanta monotonia! Não há erro maior!
 Esse sistema faz regredir o ser humano e seu pensamento. Todos deveram entender:       Podemos acreditar no ser humano. Somos mais do que um sistema decorativo, decorativo, de-co-ra-ti-vo.
  Separei certo as sílabas?
 É só parar um instante para pensar: é possível em uma prova avaliar o conhecimento de uma pessoa?
 Atenção: Conhecimento! (eu disse)
 Ele é o foco. É algo que todos podem ter e o único que ninguém lhe rouba.

O governo pede ajuda do povo, mas não acredita em sua capacidade de crescer e evoluir. Temem. A evolução é temida, porque quando acontecer, seremos o poder.

(o professor disse: “Abram a apostila, página 580” e todos logo começaram a obedecer como de costume)

 Escola! Uma criação correta dos seres, com métodos errados. Aqui estou, escrevendo sem parar, enquanto o professor dita a resposta do exercício para copiar no caderno. É aula de literatura, devia ser diferente, não? Como em todas as aulas.

Começamos decoreba
Éramos decoreba
Somos decoreba
Seremos decoreba até quando?

A maneira de enxergarmos o mundo, sem certo, sem errado, apenas a sua visão. Basta nascer o primeiro pensamento, o primeiro questionamento. Sobre tudo, sobre o mundo. E assim, uni-los a outros, e outros, e outros...

(Interrompendo: página 584!)

Quero voltar aqui e ver como esta o mundo para os netos dos filhos dos meus filhos. Espero sorrir e poder dizer tranquilamente: Eu acreditei.

Não podemos estagnar.




Quem se importa?


Talvez não tenha asas e nem um arco em cima da cabeça
Talvez não seja bonito fisicamente
Eu não me importo

Com verdade vos digo: Eu não me importo!

Penso que ele se transforme e como anjo da guarda, me guarde em si
Um dia vou querer encontrá-lo
E agradecê-lo

Ora, vamos! Como haver só um corpo?
Só matéria? Nada mais?
Então,
Quem te escreve aqui e agora?

Eu me importo.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Eu fui lá


Eu fui lá
Eu estava lá
E quando eu estava lá, eu pensei: “Quando chegar em casa vou escrever sobre aqui”
Quanto contraste
Quanta felicidade e tristeza ao mesmo tempo
É tudo muito carregado
Cada passo
Cada abraço.
Não me faz bem. Mas faz bem ir lá, às vezes.
Percebe-se o valor da vida

Mesmo que tudo seja branco
Eu vejo diferente
Sou bem inconstante, mas estava constantemente triste
É certo lugar em que existe começo e finais de uma vida
Porque somos bebê, criança e precisamos de cuidado
Adolescentes querendo independência e depois
Adultos,
E voltamos ao começo
De cabelos brancos e pele tão sensível quanto o meu coração ficou, precisam de cuidado, carinho, atenção.

Por um momento tudo parou:
Quando meus olhos fitaram minha avó com seu rostinho colado ao de meu avô, que já sem forças, deitado na cama, retribuiu esse carinho.
Para finalizar, um beijinho na testa e “Durma bem, Bem.”
Detalhe: após 50 anos de casados.

Eu senti amor.
Eu senti amor na pele, no coração, percorrendo as minhas veias e até no cérebro.
Um grande arrepio e logo percebi que precisava estar ali.
Foi como um tapa na cara.
Cuide-se!

Der repente:
Vi o por do sol da janela do quarto e percebi que naquele lugar, apesar de tudo, o que prevalecia era a e-s-p-e-r-a-n-ç-a.


                                          ESPERANÇA.


Ventania


Um dia quero ser poeta para poder traduzir as palavras de uma ventania. O que diz ao bater incansavelmente na janela de meu quarto, no meio de tal escuridão sem fim, até adormecer.
  Seu som suave ao fazer folhas e folhas de coqueiros se debaterem, no final de uma tarde qualquer, como se fossem finais de versos daquela sua poesia preferida, ainda não compreendida.
  Talvez o rancor de uma ventania seja o movimento provocado por tal na imensidão azul formando várias e fortes espumas brancas raivosas, sendo em cima ou em baixo, não importa.
  Ela se vai. Ela se deixa ir, permitindo sua própria liberdade. Retornando apenas quando necessário. E entre suas indas e vindas o que nos resta é apenas sermos aprendiz de uma santa sabedoria.
  No entanto, fico por aqui sendo um aprendiz, mas prometo que quando poeta for não me esquecerei de traduzir para vocês a sabedoria de uma velha e santa ventania, pois poeta, eu serei.


Quem Somos?


  Eu não tenho reação. Eu não sorrio por vontade própria. Eu tenho que dançar conforme a música e não posso errar sequer um passo, atiram-me pedra. Na cabeça! No corpo, a carne que será apenas uma decomposição do que um dia existiu, e o saber, fica para trás, a gente finge que não sabe, porque fingir a gente sabe bem.
  Não é possível pensar, o mundo exige muito e o mecanismo monótono já estabeleceu regras sobre o seu modo de viver ou apenas sobreviver. Esta tudo muito cômodo para que possamos nos movimentar, raciocinar e crescer.
  Existem regras robóticas nos prendendo em um círculo, criando um mecanismo, nos moldando com ferro e a gente se deixa levar, ficando tontos de tanto rodar em mentes hipócritas.
 Às vezes, fingimos.
 Fingimos nos moldurar diante de todos, pois não somos capazes de nos expressar e libertar. Se nos libertamos somos julgados. Em um mundo onde pagamos para nascer e morrer, não se pode viver.
  Pense, questione, grite! E se for preciso morra suplicando por aquilo que nunca existiu: vida.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Dele para mim

Eu passaria a minha vida inteira aqui. Eu passaria todas as estações aqui com você. Quando chegasse o inverno, eu não sentiria frio, pois seu corpo me aqueceria. Eu não sentiria fome, nem sede; pois eu beberia você. Eu só precisaria do ar que vem da sua respiração para viver. E mais nada. Só de você, nós dois, aqui. Até o resto de todos tempos!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ainda incerto

Todos procuram uma razão para viver
Eu vivo sem ter razão
Deixa-me em paz

Quero um canto para morar, longe da cidade
Um emprego que dê para comprar comida e pagar contas
Um pouco de mar e por do sol todo dia

Distanciando-me da dor e de tudo que existe
Mas procurando alguém
Alguém para me libertar

Dessa escuridão sem fim.

O sentimento

  O amor é o que uma pessoa sente pela outra fazendo assim, o coração disparar ou parar de bater. Um amado, outro amando e vice-versa. Sentimento único e imperfeito, que se encarrega de nos transportar para outro mundo até de olhos abertos para a realidade.
   Quando sentido verdadeiramente faz tremer as mãos e os pés ao encontrar a pessoa amada, e na hora não conseguimos definir se o coração esta disparando em uma velocidade inalcançável por qualquer outro sentimento, ou se definitivamente parou de bater. E não sabemos até o final do dia, mas sabemos que o sorriso não sai do rosto nem por frações de segundos.
  Sentimento que comanda os atores da cena: amando e amado. Sem o menor jeito, transforma nossa mente para fantasias e nos faz pensar apenas na pessoa amada, não tendo espaço e nem tempo para mais nada. Você se ocupa totalmente em relembrar cada detalhe fazendo crescer cada vez mais tal sentimento. Às vezes cresce de tal maneira que não cabe mais em uma só pessoa, escorre pelos olhos e mesmo assim ainda falta algo. Lembre-se sempre da imperfeição, se choras e sofre isto também é o amor.
  Estremecendo tudo, vem da alma e passa pelo corpo inteiro. Reconhecer uma pessoa apaixonada é fácil. Os olhos brilham intensamente, o cuidado ao tocar e cuidar é essencial, não esquecendo também, entre meios de amores dos beijos e caricias que acompanham tal sentimento de forma exuberante. Possui o poder de fazer pessoas mudarem para melhor pelos seus amados. A forma mais forte de se amar é saber perdoar.
  O amor não é perfeito, mas quem o sente transforma-o em perfeição. Controla a maior parte da humanidade e quem nunca o sentiu não sabe o que é viver por outra pessoa, se entregar de corpo e alma. Sem definições ele próprio se define por inteiro. Não há outro parecido muito menos igual. E sempre será, a única luz existente no fundo do túnel.