segunda-feira, 27 de junho de 2011

Solidão


O cobertor já não cobre mais
Nem o frio e nem a dor...
Amar não é apenas sorrir e a solidão não é uma boa companhia

Às três horas na madrugada de quinta-feira
O sono não vem
Mas a tristeza é sua amiga, e fica ao seu lado o tempo todo
Te acariciando
Esfregando na sua face limpa
Sem dó nem piedade
Toda a solidão

Assim como o vazio do seu quarto, você esta
Desprezível e insignificante
Sem coração
É tão ruim assim? Fez mal para os outros? Qual o seu pecado?
Ira ou vaidade?

E quem você mais espera que virá... não vem
Já não dá mais para se esperar
Nada, nem ninguém

Porque amar tanto?

Mera pergunta ridícula que lhe vem à cabeça, mas é a única.
E não há resposta nem definições

Olhos no vazio
Cansam-se da procura
Não encontram
De um lado para o outro
Querendo fugir...
A tentativa falha, mais uma vez.

“Não tente fingir ser o que não é; conflito interno não é bom.”
E fingiu.

Afundando-se cada vez mais em seus próprios pedaços de coração crespos
Noites longas e frias
Plantavam-se cada vez mais, dolorosamente...

Às três horas na madrugada de sexta-feira
Olhos nos olhos
Dizem que:
Sinto o mesmo que você.

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