Eu não tenho reação. Eu não sorrio por vontade própria. Eu tenho que
dançar conforme a música e não posso errar sequer um passo, atiram-me pedra. Na
cabeça! No corpo, a carne que será apenas uma decomposição do que um dia
existiu, e o saber, fica para trás, a gente finge que não sabe, porque fingir a
gente sabe bem.
Não é possível pensar, o mundo exige muito e o mecanismo monótono já
estabeleceu regras sobre o seu modo de viver ou apenas sobreviver. Esta tudo
muito cômodo para que possamos nos movimentar, raciocinar e crescer.
Existem regras robóticas nos prendendo em um círculo, criando um
mecanismo, nos moldando com ferro e a gente se deixa levar, ficando tontos de
tanto rodar em mentes hipócritas.
Às vezes, fingimos.
Fingimos nos moldurar diante de todos, pois
não somos capazes de nos expressar e libertar. Se nos libertamos somos
julgados. Em um mundo onde pagamos para nascer e morrer, não se pode viver.
Pense, questione, grite! E se for preciso morra suplicando por aquilo
que nunca existiu: vida.
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