sexta-feira, 4 de maio de 2012

Eu fui lá


Eu fui lá
Eu estava lá
E quando eu estava lá, eu pensei: “Quando chegar em casa vou escrever sobre aqui”
Quanto contraste
Quanta felicidade e tristeza ao mesmo tempo
É tudo muito carregado
Cada passo
Cada abraço.
Não me faz bem. Mas faz bem ir lá, às vezes.
Percebe-se o valor da vida

Mesmo que tudo seja branco
Eu vejo diferente
Sou bem inconstante, mas estava constantemente triste
É certo lugar em que existe começo e finais de uma vida
Porque somos bebê, criança e precisamos de cuidado
Adolescentes querendo independência e depois
Adultos,
E voltamos ao começo
De cabelos brancos e pele tão sensível quanto o meu coração ficou, precisam de cuidado, carinho, atenção.

Por um momento tudo parou:
Quando meus olhos fitaram minha avó com seu rostinho colado ao de meu avô, que já sem forças, deitado na cama, retribuiu esse carinho.
Para finalizar, um beijinho na testa e “Durma bem, Bem.”
Detalhe: após 50 anos de casados.

Eu senti amor.
Eu senti amor na pele, no coração, percorrendo as minhas veias e até no cérebro.
Um grande arrepio e logo percebi que precisava estar ali.
Foi como um tapa na cara.
Cuide-se!

Der repente:
Vi o por do sol da janela do quarto e percebi que naquele lugar, apesar de tudo, o que prevalecia era a e-s-p-e-r-a-n-ç-a.


                                          ESPERANÇA.


Um comentário:

  1. O amor é uma barreira contra a dor. A união é uma fortaleza. Quem se esforça pelo melhor, sempre tem o melhor (sempre respeitando o "certo" aos olhos de Deus). Te amo lini, amei o texto.

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