terça-feira, 2 de abril de 2013

O Fantasma da Ópera


É muito profundo adentrar nessa seara chamada solidão. Segundo Arthur Schopenhauer “O que torna as pessoas sociáveis é a incapacidade de suportar a solidão e, nela, a si mesmos”. Afinal, se fôssemos feitos para viver solitários não haveria mundo, e sim casulos (embora alguns vivenciem esta experiência). Contudo, se a solidão fosse desnecessária não existiriam momentos reflexivos, críticos e até acolhedores.
  Está designado, impresso e rotulado que o ser humano não é máquina para viver sozinho, existindo assim uma condição de convivência chamada sociedade, esta que a título de curiosidade faz uma análise superficial e malfeita do que é solidão. Humanos que somos, ou melhor, por ser vivo que somos a verdade é clara de que precisa-se do próximo. E se pensar bem, a solidão, além da pessoal (interna), não existe, pois se existe oxigênio no planeta para cada indivíduo consumir, existe seres que o produzem para eles.
  Ambígua que só, a solidão estranhamente também pode ser positiva a certo ponto, porque correr para os braços de ninguém em uma hora ruim, pode se tornar algo benéfico para si próprio. Não importa onde esteja se rodeado por uma ou um milhão de pessoas à volta, a visão e o senso crítico parecem estar muito mais aguçados que o normal, assim a percepção dos fatos da vida se tornam milimetricamente notáveis.
  Não existindo noção de espaço ou tempo para a solidão, ela se manifesta quando houver uma abertura, se encaixando no incompleto da vida, esta que é o conjunto de uma ópera magnífica sendo solidão, talvez, apenas um instrumento ou um fantasma para a compreensão de uma partitura.



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