Sei que ainda comi pouco, bebi
pouco e como dizem os mais velhos, a vida só está começando...
Mas do pouco que vivi, comendo o
que comi, bebendo o que bebi, sei falar, que aprendi
Agora, exatamente agora
De um short xadrez levantei, corri
tentando fugir, escapar. Não escapei.
Agora, exatamente agora
Entreguei-me
(não)
O não entender do acontecido
faz-se repetir em minha mente
E queima
Mas por que
Agora, exatamente agora
(e dias atrás)
A chama (mesmo que sempre estivera
ali queimando) parece ascender e borbulhar
Intensamente?
(entre outras mil perguntas
incrédulas presas correndo de um lado para o outro dentro de minha garganta)
Muda.
Calada.
Agora, exatamente agora
Como o que já comi
Com a memória
Vivo o que já vivi
(e também o que não vivi)
Sinto saudade do que não vi
Esse caminho não vai continuar
Não sei quando, vou parar
(talvez já esteja metade e metade)
Mas são tantas indagações e
rastros e passos e pássaros que não trazem a mensagem que eu espero ouvir
Parabéns!
Foi digno de ousadia
(aquela que eu nunca tive)
Ou ousadia ou o próprio não
gostar...
Prefiro ficar com a ousadia
Mas diga-me bem:
Como você voou se nem bateu as
asas?
E assim vão horas... voltam horas...
vão horas
Percebi coisas imperceptíveis
tempos atrás
Só porque estava aqui, do meu lado
(quase sempre existe algo para se
arrepender)
Mas por que se retirar?
Só precisava de um convite, para
ficar mais claro do que já está
Talvez (não o bom) mas o certo
Agora, exatamente agora
Seja ficar longe
Não entenda mal, não é culpa de
ninguém
Ela não existe aqui, para nós
Agora eu vejo
O que não via
E sinto
O que não sentia
Destino, tempo o que são?
Imensuráveis e inexplicáveis
Do meu alimento
Vou pegar o que preciso
E caminhar
(mesmo querendo ficar)
Se não fosse aquelas palavras...
(e se? Não existe)
E se o se não existe
Não vou interrompê-lo
(como você voou se nem bateu as
asas?)
Deixa para trás
Vou tentar não me assustar mais
(voar com minhas próprias pernas)
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